Lata de spray explodi e machuca mão de dentista

A dentista Thammy Cardoso, de 26 anos, levou 22 pontos na mão direita após uma lata de spray aerossol explodir. O caso, segundo ela, aconteceu na entrada de um salão de beleza na zona Oeste de Boa Vista quando o spray caiu no chão e ela recolocou a tampa plástica na lata. A dentista narrou que a lata de spray tinha sido comprada recentemente e só havia sido utilizada uma vez. O frasco foi transportado dentro do carro dela e, ao chegar ao salão de beleza, caiu no chão.
“Segurei a lata e, no momento em que coloquei a tampa de volta, ela explodiu pelo fundo e fez um ‘buraco’ profundo na minha mão direita”, narrou Thammy, esclarecendo que foi da casa dela até o salão de beleza com o ar-condicionado do carro ligado. “O spray não explodiu por causa do calor”, reiterou.
Segundo a assessoria de de comunicação da empresa : “Todas as latas de aerossol são fabricadas uma vez observados rigorosos cuidados e obedecendo a normas técnicas específicas. Além disso, são testadas uma a uma antes de colocadas à venda, quando passam por um banho na temperatura de 50º C na linha de produção”.
Após a explosão, a dentista foi levada ao Pronto- Socorro Francisco Elesbão, no Hospital Geral de Roraima, e passou por procedimentos cirúrgicos. Ela teve fratura no polegar e no indicador, além de cortes profundos na palma da mão direita.
“Depois da lata explodir, eu recoloquei meu polegar e toda a carne que se deslocou com o impacto no lugar, isso, segundo os médicos, ajudou a ‘salvar’ a minha mão”, contou.
Por ser dentista e ‘trabalhar constantemente com as mãos’, Thammy disse que vai registrar o caso na Polícia Civil e também entrar na Justiça contra a empresa responsável pelo produto. Ela disse que ainda espera o resultado dos exames médicos para saber se vai recuperar os movimentos da mão.
“Estou sem poder trabalhar e já gastei pelo menos R$ 150 em remédios. Fora isso, farei cirurgia plástica, pois tenho medo que o tecido da minha mão recolha e eu fique com os movimentos restritos”, lamentou Thammy.
Explosão
A proprietária do salão de beleza em que o caso ocorreu, Roseane Oliveira, de 28 anos, narrou que,ao explodir, o frasco ‘varou pelo telhado’ do estabelecimento. “A lata caiu no chão bem na porta do meu salão e tomei um susto muito grande porque ela atravessou o forro e as telhas. Além disso, o barulho foi tão alto que achava que algum poste houvesse explodido na rua”, descreveu.
Roseane contou que após a explosão, tirou fotos do salão de beleza e postou as imagens no Facebook. As fotos receberam mais de 14 mil ‘curtidas’ e 17 mil compartilhamentos na rede social.
“Pessoas de todo o país me procuraram para saber como o caso aconteceu. Algumas disseram que a culpa tinha sido minha e da minha cliente, mas não foi nada disso. O spray explodiu após cair no chão, não foi quando eu fazia as unhas da Thammy”, disse.
Vamos as imagens:







Para entendermos, essa explosão poderia acontecer com qualquer lata de spray aerossol. Basicamente, o aerossol permite que a embalagem seja pressurizada. Então, no interior desta embalagem há uma mistura de um produto (desodorante, cabelos, tinta, inseticida, lubrificante, etc.) e um gás propelente (isobutano, butano, di-metil éter, butanona, álcool etílico, propano, etc – dependendo do caso). Essa mistura permanece no interior da embalagem, por meio de um dispositivo, chamado de válvula. Ao pressionarmos essa válvula, a mistura de produto e gás é liberada para a atmosfera sob a forma de um spray, que tem o nome técnico de aerossol (dispersão de partículas em um meio).
Ou seja, é altamente inflamável e perigoso. Por isso, no verso da embalagem de produtos aerossois há sempre a informação de que o frasco deve ficar longe de fontes de calor e de altas temperaturas. Infelizmente, muitas pessoas não fazem ideia do risco e não tomam os devidos cuidados no armazenamento de produtos desse tipo. Outras, como nunca viram um caso de explosão acontecer envolvendo sprays, acreditam que as orientações no verso da embalagem são mera formalidade e não tomam os devidos cuidados.
Segundo Thammy, ela carregou o frasco do secante no carro, com o ar condicionado ligado, até o salão. Mas não sei se ela guardava o produto no carro sempre. É um risco, já que um carro estacionado no sol alcança temperaturas superiores a 50º no verão, tranquilamente!
Também houve especulação sobre a temperatura em Roraima na segunda-feira (dia do acidente). Segundo a assessoria de imprensa da marca o registro oficial da meteorologia foi de 34º naquele dia – temperatura insuficiente para causar a explosão sozinha.
A empresa afirma que não há risco de haver lotes com defeito no mercado, que possam gerar riscos aos consumidores, desde que atendidas as recomendações de uso de um produto aerossol, conforme orientado no verso da embalagem. Na nota, a empresa também afirmou que já fez contato com Thammy e que ela passa bem.


ATENÇÃO
Postagem encontrada no site IÉB - Isso é Bizarro
Clique aqui e veja o site



Mazal Tov


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