Primeira parte | NÓS E AMARRAÇÕES - NÓS
Todo o escuteiro deve saber fazer nós. Eles são essenciais para o
acampamento e também para a vida do dia a dia.
Um nó, para ser considerado bom deve satisfazer as seguintes condições:
- Simplicidade em ser feito
- Apertar à medida que o esforço sobre ele aumentar.
- Facilidade em ser desatado
A melhor forma de aprender a fazer nós é pedindo a alguém, que saiba, que te ensine. Depois a prática fará o resto. Da perfeição de um nó pode depender uma vida. Existem muitos nós, cada um com a sua utilidade diferente.
Vamos aqui abordar alguns deles que podemos classificar do seguinte modo:
Nós de travagem – São destinados a rematar a ponta de uma corda de modo a engrassá-la ou evitar que se desfie.
Nós de Junção – Servem para ligar entre si duas cordas de espessura igual ou diferente.
Nós de salvamento – São considerados como tal, os formados por uma ou mais alças que não correm e destinados a subir ou descer pessoas ou objetos.
Nós de Ligação – São utilizados quando se pretende ligar varas ou troncos. A corda necessária à sua execução é proporcional ao diâmetro das varas ou troncos utilizados, e por cada centímetro de diâmetro é necessário 30 centímetros de corda.
Falcaças – Utilizam-se em volta do seio de um cabo de maior diâmetro de espessura segurando-o.
Costuras – Utilizam-se nos chicotes de um cabo para que este não se desfie.
A espessura de uma corda é designada por bitola (fig.1) e é a partir do seu valor que sabemos se se trata de uma espia (bitola igual ou inferior a 1 cm.)
Cabo solto ou solteiro é aquele que, não tendo uma utilidade especifica, serve para qualquer trabalho. Num cabo ou numa espia, as extremidades têm o nome de pontas ou chicotes e no caso de a corda estar amarrada, a extremidade que segue o nó tem o nome de Lado Firme e a parte restante da corda designa-se por seio (Fig.2).
Compreendendo-se então:
Então, vamos aos nós!
O nó simples também designado por laçada.
1ª - Dá-se à corda tantas voltas com o chicote quantas as desejadas até ficar com uma disposição semelhante à da figura 5. Para terminar o nó (Fig.6) puxa-se pelas extremidades até ele ficar devidamente socado.
2ª - Aconselha-se quando se deseja um nó com muitas voltas: Enrola-se a corda à volta de um bocado de madeira as vezes que se quiser (Fig.7). Seguidamente, retira-se a madeira e faz-se passar o chicote “A” por dentro das voltas dadas, e simultaneamente por detrás do chicote “B”, como mostra a figura 8. Finalmente, depois de socado, obtém-se o nó desejado (Fig.9).
O nó simples dobrado ou laçada dobrada, pode ainda ser designado por: Nó simples Mordido, Nó de Frade, Nó de Satura ou Nó de Capucho.
Este nó executa-se do mesmo modo que o nó simples mas é dado com a corda dobrada (Fig.10).
Também designado por nó de Oito ou Volta de Fiador, inicia-se com um cote e leva-se o chicote a passar pelo interior deste contornando o seio (Fig.11).
Também designado por nó de Pescador ou nó de Burro. É o nó usado para unir cordas de bitolas iguais ou próximas, sendo muito finas, molhadas ou escorregadias.
Execução:
Coloca-se as cordas lado a lado e em sentidos contrários de forma que o chicote de cada uma delas possa dar o nó simples em torno do seio da outra (Fig.13). Para o nó ficar bem socado é necessário que os nós simples encostem bem um no outro.
Serve para unir duas cordas de bitola ou materiais diferentes. Para a execução é necessário dobrar o chicote da corda mais grossa de modo a formar uma argola por onde vai passar a mais fina que, depois de a rodear, se vai trilhar (Fig.15).
O único motivo que faz este nó se diferenciar do anterior é o modo como ele é feito e nas cordas em que se utiliza. Este nó é utilizado em cordas muito finas.
Cruzam-se as duas espias ficando a da direita por baixo. De seguida o seu seio 8 vai dar uma volta em torno do chicote, formando, assim, uma argola por onde vai passar o chicote da outra espia (Fig.16).
Também chamado de nó de laço, este é um dos nós que soca tanto mais, quanto maior for o esforço exercido na corda.
O nó de Correr pode ser apresentado das seguintes formas: - Vulgar Forma-se um cote e faz-se o seio passar através dele (Fig.17).
Este nó destina-se a prender uma corda a um suporte afim de o içar ou arrastar. Executa-se fazendo um cote e enrolando o chicote à volta dele, fazendo passar o tronco por dentro dele. Pode-se ainda dar mais uma volta ao tronco com o cabo para maior segurança (Fig.19).
A este nó também se chama: Volta da Ribeira
Este nó começa-se com um cote direto e faz-se com que o chicote passe por baixo dele. Repara na figura 25 para melhor visualizar
a execução deste nó.
A este nó também se chama de nó de Salvação Simples ou Cadeira Alpina. Passado sob as axilas de uma pessoa, serve para a suster ou deslocar, quer puxando-a no solo, que içando-a ou deslocando-a (Fig.26).
Também designado por Nó de Salvação Duplo, aplica-se em vez do anterior quando a corda utilizada for de fraca resistência, em relação ao esforço que nela se vai empregar.
Na sua execução, começa-se como o nó anterior, ao que se seguem duas voltas dadas com o chicote, que devem ser semelhantes para permitir uma divisão igual do esforço pelas duas. O final do nó obtém-se quando o chicote terminar o percurso indicado pela seta na figura 27.
O nó de estribo ou alpinista executa-se dando com o seio duas voltas redondas de sentidos contrários, que, depois de ligeiramente sobrepostas, se vai passar o seio pela intersecção das voltas e, depois, socá-lo convenientemente, conforme podes ver na figura 28.
Este nó é também designado por nó de Cadeira de Bombeiro ou nó de Catau. O nó de Encapeladura tem várias variantes. Apresentamos-te aqui duas delas (Fig.29 e Fig.30).
Agradeço a visita, por hoje é isto e na próxima publicação teremos mais nós e amarrações com a parte das amarrações.
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Sua opinião é muito importante para mim!
Mazal Tov!
- Simplicidade em ser feito
- Apertar à medida que o esforço sobre ele aumentar.
- Facilidade em ser desatado
A melhor forma de aprender a fazer nós é pedindo a alguém, que saiba, que te ensine. Depois a prática fará o resto. Da perfeição de um nó pode depender uma vida. Existem muitos nós, cada um com a sua utilidade diferente.
Vamos aqui abordar alguns deles que podemos classificar do seguinte modo:
Nós de travagem – São destinados a rematar a ponta de uma corda de modo a engrassá-la ou evitar que se desfie.
Nós de Junção – Servem para ligar entre si duas cordas de espessura igual ou diferente.
Nós de salvamento – São considerados como tal, os formados por uma ou mais alças que não correm e destinados a subir ou descer pessoas ou objetos.
Nós de Ligação – São utilizados quando se pretende ligar varas ou troncos. A corda necessária à sua execução é proporcional ao diâmetro das varas ou troncos utilizados, e por cada centímetro de diâmetro é necessário 30 centímetros de corda.
Falcaças – Utilizam-se em volta do seio de um cabo de maior diâmetro de espessura segurando-o.
Costuras – Utilizam-se nos chicotes de um cabo para que este não se desfie.
A espessura de uma corda é designada por bitola (fig.1) e é a partir do seu valor que sabemos se se trata de uma espia (bitola igual ou inferior a 1 cm.)
Cabo solto ou solteiro é aquele que, não tendo uma utilidade especifica, serve para qualquer trabalho. Num cabo ou numa espia, as extremidades têm o nome de pontas ou chicotes e no caso de a corda estar amarrada, a extremidade que segue o nó tem o nome de Lado Firme e a parte restante da corda designa-se por seio (Fig.2).
Compreendendo-se então:
Então, vamos aos nós!
Nó Simples
O nó simples também designado por laçada.
1ª - Dá-se à corda tantas voltas com o chicote quantas as desejadas até ficar com uma disposição semelhante à da figura 5. Para terminar o nó (Fig.6) puxa-se pelas extremidades até ele ficar devidamente socado.
2ª - Aconselha-se quando se deseja um nó com muitas voltas: Enrola-se a corda à volta de um bocado de madeira as vezes que se quiser (Fig.7). Seguidamente, retira-se a madeira e faz-se passar o chicote “A” por dentro das voltas dadas, e simultaneamente por detrás do chicote “B”, como mostra a figura 8. Finalmente, depois de socado, obtém-se o nó desejado (Fig.9).
O nó simples dobrado ou laçada dobrada, pode ainda ser designado por: Nó simples Mordido, Nó de Frade, Nó de Satura ou Nó de Capucho.
Nó de Azelha
Este nó executa-se do mesmo modo que o nó simples mas é dado com a corda dobrada (Fig.10).
Nó de Trempe
Também designado por nó de Oito ou Volta de Fiador, inicia-se com um cote e leva-se o chicote a passar pelo interior deste contornando o seio (Fig.11).
Nó Direito
Este é um dos primeiros nós, senão mesmo o primeiro, que se aprende nos escoteiros. Serve para ligar duas cordas de bitola igual e de materiais iguais que não demandem muita força. Para executar o nó direito basta cruzar os chicotes duas vezes, sendo sempre o mesmo a passar por cima (Fig.12).Nó cabeça de Cotovia
Também designado por nó de Pescador ou nó de Burro. É o nó usado para unir cordas de bitolas iguais ou próximas, sendo muito finas, molhadas ou escorregadias.
Execução:
Coloca-se as cordas lado a lado e em sentidos contrários de forma que o chicote de cada uma delas possa dar o nó simples em torno do seio da outra (Fig.13). Para o nó ficar bem socado é necessário que os nós simples encostem bem um no outro.
Nó de Escota
Serve para unir duas cordas de bitola ou materiais diferentes. Para a execução é necessário dobrar o chicote da corda mais grossa de modo a formar uma argola por onde vai passar a mais fina que, depois de a rodear, se vai trilhar (Fig.15).
Nó de Tecelão
O único motivo que faz este nó se diferenciar do anterior é o modo como ele é feito e nas cordas em que se utiliza. Este nó é utilizado em cordas muito finas.
Cruzam-se as duas espias ficando a da direita por baixo. De seguida o seu seio 8 vai dar uma volta em torno do chicote, formando, assim, uma argola por onde vai passar o chicote da outra espia (Fig.16).
Nó de Correr
Também chamado de nó de laço, este é um dos nós que soca tanto mais, quanto maior for o esforço exercido na corda.
O nó de Correr pode ser apresentado das seguintes formas: - Vulgar Forma-se um cote e faz-se o seio passar através dele (Fig.17).
Nó de Pedreiro
Este nó destina-se a prender uma corda a um suporte afim de o içar ou arrastar. Executa-se fazendo um cote e enrolando o chicote à volta dele, fazendo passar o tronco por dentro dele. Pode-se ainda dar mais uma volta ao tronco com o cabo para maior segurança (Fig.19).
A este nó também se chama: Volta da Ribeira
Nó de Sirga ou Pega
Este nó começa-se com um cote direto e faz-se com que o chicote passe por baixo dele. Repara na figura 25 para melhor visualizar
a execução deste nó.
Nó Lais de Guia
A este nó também se chama de nó de Salvação Simples ou Cadeira Alpina. Passado sob as axilas de uma pessoa, serve para a suster ou deslocar, quer puxando-a no solo, que içando-a ou deslocando-a (Fig.26).
Nó Lais de Guia Duplo
Também designado por Nó de Salvação Duplo, aplica-se em vez do anterior quando a corda utilizada for de fraca resistência, em relação ao esforço que nela se vai empregar.
Na sua execução, começa-se como o nó anterior, ao que se seguem duas voltas dadas com o chicote, que devem ser semelhantes para permitir uma divisão igual do esforço pelas duas. O final do nó obtém-se quando o chicote terminar o percurso indicado pela seta na figura 27.
Nó de Estribo
O nó de estribo ou alpinista executa-se dando com o seio duas voltas redondas de sentidos contrários, que, depois de ligeiramente sobrepostas, se vai passar o seio pela intersecção das voltas e, depois, socá-lo convenientemente, conforme podes ver na figura 28.
Nó de Encapeladura
Este nó é também designado por nó de Cadeira de Bombeiro ou nó de Catau. O nó de Encapeladura tem várias variantes. Apresentamos-te aqui duas delas (Fig.29 e Fig.30).
Agradeço a visita, por hoje é isto e na próxima publicação teremos mais nós e amarrações com a parte das amarrações.
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Sua opinião é muito importante para mim!
Mazal Tov!
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